domingo, 6 de março de 2022

A região dos Ovinis

 

RECEPCIONAR UM OVNI

Em 1980, um 'mensageiro de Jupiter' angariou a atenção da imprensa internacional e de diversos turistas que fizeram questão de assistir a visita


Mas nada mobilizou tanta gente e posicionou tantos microfones quando em 8 de março de 1980, no pequeno município de Casimiro de Abreu, no Rio de Janeiro. Com turistas de todo o estado e a presença da imprensa mundial, a cidade fluminense seria palco do evento prometido como a maior aparição de vida extraterreste na Terra...

Hoje em dIa,passado o alarde da época,a região  ao entorno de Casemiro de Abreu(região  essa que envolve a Serra de Macaé) os relatos de avistamentos são  corriqueiros.

Num vilarejo proximo a cidade, chamado de Sana, local onde vivem várias  comunidades  que se interessam e estudam casos de Ufos,é  comum conversar  com pessoas que já  viram objetos estranhos pelo céu. 

Estudioas supõe que a quantidade de objetos voadores pelo céu  da região  é  frequente devido ao clima montanhoso da região  em que o solo é  rico em cristais onde é  possível  perceber por imagens de satélite vindas do espaço 


segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Mochilão Uruguai


Fazia tempo que eu ouvia falar muito bem do Uruguai. Viajantes alternativos sempre costumam brilhar os olhos ao falar desse "pequeno grande país''.  
Em uma conversa com um amigo, ele definiu o lugar em apenas uma palavra muito usada no espanhol de la mas que também vale para o nosso português: "Encantador".Dizia ele " O Uruguai me lembra a velha guarda com seus carros antigos  nas ruas de  Montevidéu e suas senhorinhas andando pelas calçadas com os velhos  casacos e echarpes de lã.Senhorinhas essas que se tornarão cada vez mais uma estatística elevada no país já que a expectativa de vida é grande e há
  uma baixa taxa de natalidade (em números no continente Americano só perde para Cuba) e  o alto índice de emigração de jovens uruguaios para a Europa continua crescente. E foi de lá que muitos fugitivos da  segunda guerra  partiram em busca de melhores condições de vida rumo ao Uruguai  .O país foi um dos principais destinos de refugiados judeus  do holocausto  e ainda  assim,antes disso , milhares de judeus vindo do leste europeu emigraram para o país no século 19.






 "Pequenos porém grandiosos," foi essa a frase que vi pichada  em um  muro da capital espelhando o orgulho nacional  e alusão à rivalidade ao "irmão maior",a Argentina. O país é rodeado por vizinhos que têm em comum aspectos sólidos de uma mesma cultura. Montevidéu, a capital "nostálgica", é  algo legendário. É  uma relação às essências de Buenos Aires com Porto Alegre. A cultura gaúcha, o chamarão aos domingos de sol na beira do rio, respeito social e nível cultural avançado são características sólidas nessas três capitais . Porém,   Montevidéu é menor que Buenos Aires  e maior que Porto Alegre.
.O espanhol é diferente do porteño. Enquanto o porteño pronuncia " r" no lugar do "j" os Montevideuanos pronunciam o próprio "j". Costumam também ser mais receptivos e cordiais.No futebol, a rivalidade entre os dois principais times do país , Nacional e Peñarol, é tão grande e aflorada  quanto Inter e Grêmio , River e Boca.
A arquitetura e a cultura são incríveis e muitos dos prédios antigos têm visíveis características européias .
Montevidéu e o Uruguai  pra mim é nostálgico porque preserva as tradições. No interior, ainda mais.Tanto que  muitos lugares pelo Uruguai ainda não possuem luz elétrica. Já está no parlamento........... um projeto  para a implantação da rede de energia em regiões rurais do país,  mas gera resistência em pro das tradições.  Resistência  essa que é percebida em outros aspectos culturais. Em outra frase estampada num muro ao lado da Igreja inglesa de Montevidéu  espreitava um certo sentimento sentimento contra a Hipocrisia religiosa :"Se o papa fosse mulher, o aborto seria lei"
Edifício Palácio Salvo(1928) com 95 m de altura já foi considerado o edifício mais alto da América do Sul

"Se o Papa fosse mulher, o aborto seria lei"
.
Bom senso, respeito e cordialidade  fazem...... parte dessa cultura que luta no parlamento para amenizar interesses sociais comuns. Falando em respeito ,o Uruguai é um dos principais destinos ciclísticos de toda a América do Sul.Isso por conta das boas condições nas estradas e a educação exercida pelos uruguaios no trânsito.


Desde ouvir várias histórias desse amigo que batia cartão no país,troquei o meu velho sonho de ir para a Jamaica para conhecer o Uruguai, um país rico em cultura com uma área menor que a do Rio Grande do Sul.
Fui duas vezes para lá, na primeira partindo de Buenos Aires e a segunda de Porto Alegre.
Ao contrário do que se imagina, o Uruguai é um lugar incrível para curtir o verão.
Como no blog trato apenas de roteiros alternativos, nada de falar sobre  Punta del Este e muito menos noitada  pop em Montevidéu.

Com chegar ao país :

 Depende do seu roteiro.
Muitas pessoas que vão de avião ao Uruguai, aproveitam a proximidade e viajam também para Buenos Aires ou para o norte Argentino, portanto,de avião ,a melhor maneira é um vôo direto para Montevidéu ou para Buenos Aires, duas cidades vizinhas.
 Pela Argentina: Para quem compra passagem de ida e volta do Brasil  para Buenos Aires e  vai para o Uruguai, basta pegar a balsa em Buenos Aires para a cidade de Colonia del Sacramento. A passagem na maior empresa Buquebus no barco rápido custa em torno de US $75 e leva uma hora e já inclui  ônibus de Colonia até Montevidéu (2h30).Para nós mochileiros,há o barco mais rápido e não inclui a passagem de ônibus, mas existem ônibus circulares que vão de Colonia a Montevidéu por aproximadamente US $5 . A passagem de barco por  até US $25.  Tanto a Buquebus quanto a Colonia Express fazem a travessia de três horas.
Pelo Brasil:Normalmente  que viaja parao Uruguai de mochilão , parte de Porto Alegre de ônibus diretamente  para Montevidéu (250,00 reais pela Pluma) ou vai "pingando"pelo litoral para conhecer as praias e seguir rumo a capital. Dessa forna, sem dúvidas o melhor acesso é através do Chuy.De porto alegre ao Chui (Brasileiro) a viagem dura em torno de............. 
*Não esqueça de dar entrada na imigração assim que chegar pois o Chui brasileiro do Chuy uruguaio é separado apenas por uma calçada no meio de duas ruas, uma do lado brasileiro e a outra do uruguaio
Travessia de Buenos Aires ao Uruguai pelo Rio da Prata

Por onde viajar pelo país:

Na primeira vez que fui para o Uruguai fiz o contrário do que fazem os mochileiros brasileiros. 
Normalmente, os mochileiros vão a Porto Alegre de avião ou ônibus e de lá vão descendo de ônibus pela costa Uruguaia (com uma das praias mais bonitas da América do Sul) e seguem até Montevidéu/Buenos Aires. Já eu, peguei um vôo até Buenos Aires e de lá fui subindo de ônibus até chegar a Porto Alegre.
Acabei permanecendo mais dias do que o esperado  em Montevidéu e Colonia do Sacramento,por conta disso não conheci os melhores lugares da costa Uruguaia, o que depois percebi VALER MUITO A PENA  numa viagem posterior que fiz a La Coronilla. Os lugares mais bem  falados que ouvi de mochileiros que foram ao Uruguai: Montevidéu, Valizas, Colônia del Sacramento,Termas (Salto e Paysandu) Cabo Polonio , La Coronilla, , Punta del Este, Barra do Chuy, La Paloma, Aguas Dulces entre outros

Pra onde eu viajei
: Montevidéu

Montevidéu, capital "antiga'' do país é uma coisa legendária.É a maior cidade do país com cerca de ........milhões de habitantes.
Uma das coisas que eu mais gosto quando estou num país ou lugar diferente,  é comer.Começando pela boca , assim  Como em Buenos Aires, pelas ruas é bastante comum encontrar traillers de uma das mais populares comidas uruguaias: o pancho. Trata de um cachorro quente com pão e chorizo (linguiça) (e mostarda a goato).Muita gente se impressiona por ser um cachorro quente diferente. Eu particularmente prefiro o deles já que assim é que é possível sentir o paladar da carne,uma das melhores do mundo.  Tem também as hamburguezas:pão hamburger  e queijo.Média de cada sanduíche de pancho ou hamburgueza (US$2,50) .Outra especialidade no país mas que custa um pouco mais e mais comum servido em restaurantes é a famosa  Parilla.Há vários formas de cortes na carne e isso conta muito na hora de preparar o churraaco, que é sempre feito na grelha. Um dos mais populares é o Asado de tira, como a nossa costela mas um pouco mais mal passada.Uma outra opção barata são as Milanezas servidas  também em  restaurantes "meia boca" e com preços bons.A  que eu comi vinha limão e purê de batata (US$4) .O Chivito é outro prato local e com bons preços variáveis .Cotuma ser uma opção boaajá que é fácil de  encontrar  em vários lugares(média US$6 num restaurante médio).
Hospedagem em Montevidéu é um pouco menos  diversificada do que Buenos Aires. Eu me hospedei em um albergue  sustentável na Ciudad Vieja, zona portuária da cidade. Energia  de aquecimento solar , água reutilizada e torneiras com dosagem controlada diferenciavam o albergue (diária em torno de US$20 ) Atendimento bastante cordial.
 Um dos carnavais mais  festejado do mundo por incrível que pareça, está no Uruguai, e a capital para sinalizar a festança não deixa a desejar. ............... Para contar essa história melhor,há o  Museu do Carnaval. Calle 25 de agosto 218. Próximo a Cidade Velha.
Outros museus interessantes  em Montevidéu: Museu Histórico Nacional Calle Rincon 437 .Museu do Acervo histórico Calle Gomes 1362.Museu casa do governo Plaza Independencia 776

Colado ao bairro da Cidade Velha está um dos mais visitados pontos da cidade,  o Mercado Del Puerto. Pelo menos uma volta por lá vale a pena. É um excelente lugar para  encontrar objetos típicos uruguaios, restaurantes e pubs... bom também para sair a noite.Por lá , é possível ir a pé  ao museu Gurvich , as Plazas de ruas ,o Palácio Taranco e a bela igreja Anglicana Inglesa.

Zona Portuária de Montevidéu no bairro da Cidade Velha



Para quem gosta de futebol como eu, fique de olho na tabela do campeonato uruguaio. A Rivalidade é grande por lá e o futebol, assim como na Argentina , é tratado como assunto sério. Eu estava em janeiro na capital, e por isso acompanhei no estádio Centenário a final da Copa Bimbo, um torneio pré campeonato uruguaio com apenas os times principais.
O torneio não tem muita relevância mas é encarado com extrema rivalidade. Tive muita sorte, o jogo que vi foi a final entre os maiores , Nacional e Peñarol,  que decidiram   nos pênaltis com vitória do Nacional.
Torcida do Peñarol ,final da Copa Bimbo


Outro bom passeio para quem está em Montevidéu num dia de calor é ir para a praia.Mistura das águas do Rio da Prata com água salgada do atlântico as praias de Montevidéu são tão urbanas quanto Copacabana ou Guarujá.Isso não quer dizer que não sejam boas. "Playa Pocitos" fica no extremo leste da cidade, do outro lado da Ciudad Vieja mas para chegar lá pegando um ônibus na Plaza Independencia , ele vai por uma reta só, pela Av. Constituente.

Praia Pocitos em Montevidéu.Lembra bum pouco Copacabana
 Outras dicas de lugares para ir: Zoológico e Planetário, museu de Egiptologia, Museu Naval, Museu de Fotografia, Museu do Futebol (Estádio Centenário), Teatro Solís, Museu do Gaúcho, Memorial do Holocausto do Povo Judeu. 
Puerta de la Ciudadela (Ponto marco de Montevidéu. 
Puerta de la Cidadela,um dos cartões postais de Montevidéu



Colonia del Sacramento: Cidade portuguesa na Espanha Americana.

Colonia do Sacramento é um famoso destino para mochileiros no Uruguai.
Vale demais a pena ir para entender um pouco como foi a ocupação portuguesa na região,principalmente através da arquitetura da cidade que é muito preservada. É uma cidade bastante turística e muito rústica,foi tombada patrimônio histórico da humanidade em 1995.
O mais notório na cidade é ver algo tao português num país de origem espanhola. A cidade foi fundada em .....................
Colônia preserva em todas as partes sua característica portuguesa









Colônia também é passagem de mochileiros que vão de Montevidéu a Buenos Aires ou vice versa, por conta disso o turismo é ainda mais intenso.  Cidade bem pequena em que é possível conhece a pé, 
O que não faltam por lá são museus e restaurantes. Dependendo do tempo na cidade, nem é preferível conhecer todos os museus, uma vez que as ruas, casarões e casas da cidade já são um por si só.
Um museu a céu aberto é o "Porton de Campo". Recuperado em 1968 o lugar com o portão foi uma antiga muralha  com a parede de imensos blocos de pedra talhados de bronze.
Porton de Campo em Colônia






Outro lugar incrível é a Calle de los Suspiros, uma rua tipicamente prtuguesa com o pavimento original de blocos de pedra e casas antigas que preservam quase que totalmente características da primeira era colonial (portuguesa).

Para aventureiros, Colônia é um lugar ideal para ir de moto ou bicicleta pela estrada que passa pelas praias da região. Por nome , se chama Av.Costanera, mas parece mesmo uma rodovia (bastante calma e segura) Indo do centro de Colônia, passa pelas praias de El Almo Oreja de Negro Ela Balneário, San Carlos. Vale estacionar a moto ou bicicletas e curtir uma praia de água doce...


Vista do alto,uma das praias  de água doce de Colônia


Outros lugares incríveis para se conhecer em Colônia : Museu Português, Ruinas del Convento de San Francisco y Faro (1694), Museu Municipal, Museu Indígena, Museu Espanhol,Casa de Nacarello, Museu do Azulejo...

La Coronilla

Uma das áreas mais lindas do Uruguai  com uma bio diversidade incomum na província de Rocha, no extremo litoral norte do país, está o Balneário de La Coronilla. A natureza de lá tem características singulares. 
O Balneário é rota de passagem e ponto se parada de aves migratórias que viajam  conforme a estação do ano para outras partes do continente. 
O balneário, além das praias de areias finas, tem como opções de turismo cavalgadas a cavalo por áreas da reserva de Ilha verde e um passeio de um dia entre La Coronilla e Barra del Chy. É neste circuito que é possível entre os meses de agosto e maio ver uma enorme concentração dessas aves que fazem a parada por lá depois de viajar pelo hemisfério norte.
 Passeio Imperdível!
Outros passeios incríveis para fazer em La Coronilla: caminhada ao naufragado "La Porteña", encalhado em 1875. Passeio pelas fortaleza Rochenses. Passeio a cavalo pelo "Camino del Indio".



INFORMAÇÕES ÚTEIS URUGUAI:


*Brasileiros e nenhum cidadão do Mercosul não precisam de visto para entrar no país.Apenas a cédula de Identidade em boas condições

* Embaixada do Brasil no Uruguai
Endereço: Boulevard Artigas, 1328
Cidade: Montevidéu
Telefone:(00xx5982) 707-2119 / 2115 / 2036 / 2003 / 9690
Fax:(00xx5982) 707-2086

* O Uruguai é considerado o segundo país mais seguro da América Latina.

*Temperatura: Inverno (5 a 17C) Verão (21 a 30C)

*População  3.314.466 habilidades

*Moeda: Peso Uruguaio ,Cédulas de 50,100,500 e 1000




Outras Postagens de Mochilão: Trem da Morte para Machu Picchu














































sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Dunas de Itaunas

Pense num lugar maravilhoso com a cara do Brasil! Calor com florestas de Eucalipto, praia paradisiaca e Dunas incríveis. Um vialrejo pequeno, rústico e preservado...assim é Itaunas.
A cidade, divisa com o Espírito Santo e Bahia é um local ainda pouco explorado por turistas(ainda bem!)
Dependendo da época do ano, raramente é possível ver algum turista a caminho de suas praias, que para chegar até elas é preciso atravessar as dunas aparentemente intocadas.
E é nestas dunas, aliás, por de baixo delas que se esconde algo intrigante , a cidade antiga. Entre 1950 e 1970 , a areia foi tomando conta do vilarejo a beira mar e aos poquinhos invadiu o vilarejo inteiro. A cidade  ficou submersa e a única coisa que sobrou para contar história foi a cruz do topo da  igreja, o verdadeiro marco da história antiga de Itaunas. A nova cidade foi construída do outro lado do rio.
Numa noite de lua cheia, não há coisa mais bonita do que subir no pico mais alto das dunas e olhar a lua com a brisa do mar batendo no rosto. Êxtase total! Por esse Brasil que já rodei, Itaunas é sem dúvida um dos lugares mais incríveis...

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Mochilão Macchu Picchu

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 O objetivo principal é poder repassar todas as experiências vividas, informar os melhores destinos  , hospedagens, trajetos,e tudo aquilo que possa favorecer para o seu mochilão ser um pouco diferente e mais emocionante do que o trivial!
Nesta postagem, minha aventura foi partir de São Paulo com destino a Machu Picchu, no Peru! Como qualquer mochilão,nem tudo saiu como o planejado ,mas o destino final ,muito bem alcançado... Enjoy Have a good trip!




 Final de tarde na capital paulista , lá   estava eu de mala pronta em direção ao metrô ,rumo ao aeroporto de Guarulhos.
Por dois meses, eu estava dando adeus a correria de São Paulo.  



O destino:Campo Grande , no Mato Grosso do Sul, porta de entrada para o meu  almejado destino ,Machu  Picchu , no Peru.



Um destino acessível e barato e muito famoso pela misticidade.
Para chegar até lá o necessário e   fundamental : Bastante espírito de aventura!
O espírito de aventura foi tão intenso   que a minha trajetória durou mais do que os dois meses planejados, e foi muito além de Macchu Picchu.
Mala pronta . Roupas para o calor do pantanal ( eu passaria por ele) , roupas para o frio da altitude dos Andes,protetor solar para o sol dos Andes (que queima sem percebermos ), documentos ,certificado de vacina contra  febre amarela(tirado em qualquer posto de saúde no Brasil), 2.000  reais no bolso, e claro, minha máquina fotografica para não perder nenhum detalhe dessa viagem ,que planejei em apenas 3 meses.
Meu roteiro estava feito e semi planejado: Após Campo Grande de avião ,até a sagrada cidade de Machu Picchu, seria por terra,de ônibus,trem ou carona.Passaria pela amazônia brasileira , pela boliviana , pelo altiplano boliviano e finalmente chegaria nas altitudes, com  picos que chegam a mais de 4 mil metros.Passado isso, era cruzar a fronteira com o Peru mais algumas horas  e ir destino a cidade sagrada , localizada um pouco acima da parte sul do país.
Da região amazônica em verde,até as altitudes elevadas na parte marrom da Mapa

Cumpri a  primeira etapa da viagem sem problemas , a de chegar a Campo Grande .Mas eu não imaginaria que a aventura fosse tão precoce, pois logo chegando no pequenino Aeroporto Internacional de Campo Grande, as onze  da noite , seria caro demais para ir à procura de um lugar para dormir,então decidi  ficar  por ali mesmo, no saguão do aeroporto, já imaginando que aquilo seria apenas o início.
Nas primeiras horas do amanhecer, peguei o busão com destino ao pantanal brasileiro, Corumbá, fronteira com a Bolívia.Foram oito horas de viagem cerca de sessenta reais a passagem
Passei duas noites na cidade.Vi o pôr do sol no rio Paraguai com o céu de cor laranja e rosa, conheci a rica história arquitetônica de Corumbá
com construções ainda do século 18,conheci pessoas locais, ouvi as primeiras histórias sobre a Bolívia vizinha e já senti no estômago a ansiedade de cruzar a fronteira para a primeira cidade em território internacional, Puerto Soares, na minha rota, a primeira cidade da Bolívia.
Pôr do sol no rio Paraguai -Corumbá


Corumbá :repleta de construções tombadas




 Nem tão depois de ter cruzado a fronteira  , num  um cartaz colado em um restaurante, as primeiras palavras em espanhol que eu pude ler foram :
 ''Denuncie qualquer suspeita de exploração sexual infantil''. 

Depois reparei que os avisos estavam colados por toda a cidade. 

 Um frio na barriga me deu  ao  pensar no  tráfego  constante e ''perigoso'' de pessoas entre as duas cidades  e os cartazes sobre exploração tão divulgados pelo governo local boliviano. 
 Por alguns instantes associei as duas coisas ao tráfico sexual .

 Outras  duas coisas que me despertaram a atenção e continuaram presente durante toda a minha viagem pela Bolivia :
 A primeira foi O suborno comum praticado pelos policiais bolivianos .É cultural.
Isso porque  a minha carteira de febre amarela não estava de acordo com os padrões internacionais (segundo os policiais) , então tive que desembolsar 50 pesos bolivianos em forma de ''propina'' como costumam dizer os próprios policiais.

 A segunda foi sobre a imensa movimentação de pessoas .Assim como Corumbá e muitas outras fronteiras , Puerto Soares não deixa de ser rota do tráfico de drogas e de outras mercadorias(em grande parte ilegais) que fazem parte do vai e vem de pessoas entre os dois territórios.

A cidade ''sinistra'' me deu  um certo receio de estar sozinho  e pensei por alguns instantes  em voltar. Tomei coragem e pensei  ''Já que cheguei até aqui...''
 Então tratei de ir logo atrás de uma  passagem para me deslocar de lá e esperar por uma Bolivia menos ''sinistra''.

Logo na primeira hora no país, percebi também  o quanto o peso boliviano é desvalorizado frente a nossa moeda. Fui de taxi de Puerto Soares até o mais  próximo município ,Quijarro,

 a cerca de 20 minutos e gastei 2 pesos bolivianos, o equivalente  0.50 reais.
*(Hoje, esses valores estão alterados,pois o real se desvalorizou frente ao dollar.Um Real brasileiro, está valendo 3.10 bolivianos)
Com relação aos táxis, eles são um pouco mais caros nas cidades grandes e a maioria são legais,diferentemente do que peguei em Puerto Quijarro,povoado pequeno e o qual se pega o trem para a cidade de Santa Cruz de La Sierra.

Almocei uma comida típica boliviana em um restaurante razoavelmente bom e gastei R$ 3,00 (cerca de 9,34 bolivianos hoje em dia ).Comi um prato de arroz,carne e banana ( tipo ''Carreteiro'' no Brasil) ,mas com bananas.

Após uma noite na cidade , fui procurar a maior atração dos viajantes s, o  temido Trem da Morte pelos estrangeiros
,ao qual comprei minha passagem por 140 pesos bolivianos para o dia seguinte.(em torno de 50 reais )
Pegando o temido e famoso Trem da Morte   na estação de Quijarro.A viagem durou  a 22 horas

De morte , não percebi muita coisa , mas o desconforto aliado ao tempo de viagem podem agregar o ''apelido '' ao meio de trasporte.
Foram 22 horas na classe semi econômica.Há ainda a classe econômica e a primeira classe.A econômica é motivo para perder o sono.Há galinhas vivas e todo tipo de odor imaginável,por isso fiquei cm a semi, não tão confortável mas bem mais tolerável.

Foi uma viagem tranquila apesar de, a cada 20 minutos, o trem parar   por problemas técnicos e  ambulantes a cada meia hora invadirem o trem vendendo todos e mais inimagináveis produtos bolivianos. Impossível era não ser acordado pelos gritos dos vendedores.
Foi através do trem da morte que fiz meus primeiros contatos, que mais pra frente ,encontraria de novo por  La Paz e MachuPicchu.Eram outros brasileiros, mineiros, gaúchos e um grupo de alemães e australianos.
Gente de todas as partes do planeta.Alguns viajando de férias, outros atravessando a América do Sul, outros viajando a mais de três anos...e por aí vai. Na foto Foto,a maioria esperando o dia seguinte para seguir rumo ao  maior lago do mundo em altitudes elevadas, o Titicaca.


 Passado o sufoco do trem da morte, cheguei a maior cidade da Bolivia, Santa Cruz de La Sierra , ainda na altitude baixa.Após mais umas 20  horas  eu estaria em La Paz.
Resolvi não parar pelas cidades para não perder tempo e  aproveitar nos destinos mais atraentes próximos da Cordilheira dos Andes. Foram horas e horas andando de ônibus e apreciando a mudança das estradas, da vegetação e do clima. Um detalhe bastante me agradou passando  na madrugada  por Cochabamba ,terceira maior cidade do país com  cerca de 500 mil habitantes: Avistei uma  estátua de um Cristo como o redentor   bem no alto de uma montanha  ,chamado pelos bolivianos de Cristo da Concórdia.Este é  considerado  a terceira maior estátua de Cristo na América do sul .Cchega a medir até 40 metros de altura.
E outro  detalhe que bastante  me desagradou (se é que foi um detalhe), foi um frango que comi na própria Cochoabamba e só comecei sentir os efeiotos maléficos quando a altitude ganhava força, faltando  aproximadamente   duas horas para  chegar  em La Paz.
* A comida deve ser uma grande preocupação para quem passa pela Bolivia e alguns lugares do Peru, principalmente para quem está num orçamento baixo.Os hábitos alimentares são desagradáveis. é bem complicado ,para quem relamente vai de mochilão, poder comer bem .não há frutas pelo caminho, nos pratos não há  saladas nem variedades.O prato principal é frango com batatas. Difícil pela minha viagem, foi encontrar algum mochileiro que não houvesse passado por algum desconforto alimentar.
Frango infectado + altitude= tô ferrado
A minha sorte foi que ,ao meu lado no trajeto até La Paz, fui acompanhado por um   amigo peruano que fiz desde o Trem da morte  e que ,além de ter me dado aulas sobre a cultura local e dicas de quais locais eu deveria  conhecer nos lugares que passaria, me orientou o que  fazer para curar aquela dor de estÔmago.
Enquanto isso, eu tentava esquecer o frango...
Finalmente cheguei  a  La Paz, sozinho novamente,  e eu me sentia nada mais nada menos do que muito mal, enjoado pela altuitude e com muita dor de estômago .Mesmo mal , pude ter  uma primeira impressão daquela bela cidade.La Paz é vibrante logo de cara ! Muito colorida e impactante. Uma verdadeira  miscigenação visual e sonora: muita buzina, céu ensolarado (com frio), as Cholas  camponêsas com seus trajes coloridos e ao fundo a visão do marrom fraco das montanhas que entornam toda cidade.
La Paz foi construída sobre colinas íngremes que fazem parte do imenso montanhoso da Cordilheira dos Andes.Lembro em um dos passeios turísticos que fiz pela região , ter visto do alto  das colinas a cidade inteirinha , como se fosse  construída dentro de um buraco.
Uma das ruelas próximas ao centro de La Paz. Ao fundo, um pedacinho das montanhas que estão por volta de toda cidade.



La Paz vista do alto.Ao fundo a geleira que é um dos cartões postais da cidade
A cidade é repleta de ladeiras







Tive boa  sorte em conseguir logo encontrar um hostal(um bom hostal)  próximo da Plaza Murillo que é o centro de referência para uma boa estadia pela cidade.Proximo a bancos,restaurantes ,  à principal rua do comércio, museus e bem acessível  para grande  parte da cidade grande.
 *Como permaneci em La Paz por cerca de um mês, concluí que apesar de boa  oferta , há uma certa carência em  bons serviços,até mesmo para acomodação.Frequentei 4 hostals diferentes e esse posso afirmar que foi o melhor de todos :
Bacoo Hostal  Calle Da Alianza 693  Café damanhã , internet, excelentes camas, um belo jardim, bar,sala de jogos ,ótimos banheiros.

 Logo deixei  minhas malas por lá e fui  à procura do que meu amigo peruano havia recomendado:  procurar as Cholas camponesas comerciantes e comprar uma erva específica. Foi mais fácil do que parecia pois elas estão aos montes pelo centro da cidade comercializando de tudo, principalmente produtos do campo... 

*O termo ¨chola¨ no inicio tinha uma conotaçao  pejorativa e se referia às mulheres nativas aimarás  que, ao se mudarem para a cidade grande, esqueciam as tradiçoes e costumes de seus atepassados e se rendiam ao estilo de vida dos mestiços urbanos. Hoje esse visual está  muito mais relacionado ao orgulho que essas mulheres tem de sua identidade indígena.é bem perceptível notal uma Chola pelas ruas da Bolívia. Usam trajes longos e coloridos, são mestiças e geralmente falam a língua Aymara e Quechua.
Chola bordando  em uma das principais ruas do comércio de La Paz.


Tomei  o chá e adormeci no Hostal. Acordei bem do estômago ,mas ainda sentia um enorme desconforto por conta da altitude, o famoso Soroche...
* O Soroche é um termo usual na Bolivia, Peru e Equador  que tem a ver com o mal estar  provocado pela altitude. O melhor remédio para evitá lo é o chá de folha da Coca. Liberado em toda a Bolívia,  é aconselhável (para os que vão de mochilão   já ir tomando o chá desde a entrada no país, ainda nas  altitudes baixas!
Na minha segunda noite em La Paz pensei que  a diversão começaria na primeira noitada dentro da cidade  . Pois bem, resolvi tomar uma cervejinha boliviana, a primeira!!!
Não deu outra, passei mal de novo, Soroche + Bebida na segunda  noite = não combinam .
Passei vários dias em La Paz,fiz vários passeios interessantes.Fui as ruínas de Tiahuanaco, ao Vale do Sol , fui ao museu Nacional, museu dos povos antigos, conheci o gigantesco lago Titicaca, a Ilha do Sol, Ilha da Lua e muitos outros lugares.
Parte dos resquícios deixado por civilizações antigas em uma das ruínas da Ilha do Sol

Ao fundo o maior lago em altitudes elevadas do mundo, o Titicaca ,que mais parece um oceano.
.
Mas entre todos , o passeio que mais me interessou foi o de Mountain Bike Foi por um  percurso de mais de 7 horas na  bicicleta  iniciado em um dos pontos mais alto da Cordilheira dos  Andes , a cerca de 4700 metros. Só de descida, foram 4 horas quase ininterruptas.
Primeiros minutos de descida quando parei para fotografar meus companheiros.
 Depois de algumas horas descendo pelas montanhas geladas , na alta altitude, aos poucos íamos chegando a uma Mata tropical  e as imensas plantações de Coca. Um visual espetacular durante todo o passeio,além de uma adrenalina impossível de esquecer.
Resumindo, partimos do cume da montanha de pedra gelada e de clima seco e chegamos ao destino quente e tropical , na cidade de Coroico, já no nível do mar.
Uma hora após a partida do topo , a mais de 4 mil metros


Companheiros de descida.


Conforme as montanhas geladas ficavam para trás,cada vez mais o clima tropical ganhava força .Na foto, imensas  plantações de Coca.


Estrada de terra , algumas horas antes de chegar ao nível do mar.

.Um passeio  sem palavras , que me deu mais combustível de  adrenalina para seguir rumo ao meu destino já não tão longe dali.
Partindo de La Paz, peguei um ônibus direto para Cusco,no Peru. Se não me engano foram mais 12 horas de viagem.
Cusco é incrível! conhecida  como  ''Umbigo do mundo'', nome dado  pelos antecessores habitantes , os povos Incas, a cidade tem bons museus(incluindo o Museu Inca) , igrejas do período colonial espanhol, e tudo aquilo que eu não imaginaria encontrar e que me fez permanecer ali por mais tempo que o programado: Uma boa noitada!

Cuzco  concentra todos os povos do mundo em um pequeno espaço.É reduto  de encontro de todas as cultura possíveis na face da terra: Europeus, Asiáticos,Americanos...e muitos brasileiros.
 Ao redor da principal parte da cidade (a Plaza de Aramas) há uma infinidade de casas noturas, todas dedicadas ao grande contingente de turistas do mundo todo ,mas o que mais me surpreendeu foi o tratamento que davam aos brasileiros. A  frase que ouvi por um recepcionista do hostal onde eu me hospedava : Ahh, você é brasileiro, então entra e não paga nada, e ganha uma Cuba!''
Uma das Igrejas de Cusco construídas durante a colonização espanhola.

Plaza De Armas.
As culturas  se misturam pelas tardes de sol na Plaza de Armas

                                              Em Cuzco me passei  os dias em um Hostal chamado  The Point. Bem parecido com as características do hostal que já citei em La Paz pelo menos fisicamente pois as pessoas que o frequentavam enquanto estive por lá me faziam pensar estar  participando do filme American Pie. Mas a essa altura eu já estava  começando a me cansar de toda aquela rotina de procurar e escolher um ótimo lugar para me hospedar ,então fiquei nele mesmo.
O melhor lugar de Cusco para curtir a noite ,foi um lugar chamado Roots. Era mais escondido do que as casas noturnas  tradicionais, e com a programação bem variada durante a semana, mas as quartas feiras(Miércoles) , o reggae dava início a noite ,que depois terminava com excelentes Djs de Acid  techno .
Passado a minha euforia pela noite frenética de Cusco e ter liquidado  boa parte das minhas economias, já era hora de seguir rumo a Machu Picchu.
As opções eram poucas e as acessíveis ,extremamente caras para o meu bolso...
*Cuzco é uma  das cidades que  mais gera renda através do turismo em toda América do Sul , portanto, é fácil imaginar que o governo local quer é ganhar  dinheiro com isso. Etão por que gastar pouco? O estimulo é   que o  turista gaste mais e opte por ir a Machu Picchu da forma mais cara,sem ''chorar'' e sem ter fácil acesso a outras opções . Por isso ir de ônibus até lá, é tão difícil quanto  encontrar  informações a respeito de como fazer isso.Até no centro de informações turísticas  foi complicado saber ao certos quais eram os horários de partida dos ônibus.
Arrisquei o   horário informado para pegar o último ônibus da noite! Chegando no local, por volta de umas 22:00 ,e que nada tinha de semelhante à  uma rodoviária, o ônibus não apareceu.
Sem dinheiro  ,seria péssimo gastar mais um dia de hospedagem  em Cuzco.
Foi então que tive a sorte de avistar  um caminhão de camponeses peruanos  que iria até uma cidade próxima a Águas Calintes , município de acesso a Macchu Picchu.E era 4 vezes mais barato do que a passagem de ônibus. Não pensei duas vezes antes de embarcar.
Cheguei a pensar que não pudesse ter feito um bom negócio . Passaria  pelo menos 8 horas na caçamba de uma caminhão  respirando o mal cheiro dos cobertores (que tive a sorte de amigos peruanos terem jogado em cima de mim por caridade). Eu estava totalmente desprevenido com apenas uma calça de moletom ,um casaco e uma blusa malha fina.Tive a sorte de ter companheiros caridosos com relação ao cobertor, pois se não fosse por isso talvez eu tivesse tido grandes problemas.
Caçamba dura ,mal cheiro ,desconforto à parte, lá estava eu sem pensar que uma calça de moletom ,uma jaqueta e um pouco de cobertor poderiam aliviar o frio das montanhas dos Andes... Mas de certa forma, eu também não poderia ter  imaginado  que o percurso de caminhão seria feito em  estreitas estradas de terra beirando as geleiras da Cordilheira. Confesso que mesmo apesar do desconforto , os cobertores doados a mim foram como uma luz no fim do túnel. Eu nunca havia passado tanto frio em toda minha vida.
Ao mesmo tempo,também nunca havia sentido nem visto,deitado em uma caçamba, algo tão maravilhoso olhando para o alto .Era o céu preenchido de estrelas e as montanhas cheias de gelo no meio da noite.Isso me deu  a sensação de estar há milhares de anos atrás.
Eis o dia que mais passei frio na minha vida.Valeu a pena!
Passado os noite e as montanhas geladas, o caminhão foi descendo a altitude e lá estava eu mais uma vez cercado por uma mata de clima tropical. Estava amanhecendo ,bastante calor e começou a chover.
Aquilo me deu uma sensação de liberdade.Lembrei do Brasil , do clima tropical e da Amazônia.( Foi nesse caminhão que começou a minha ideia de conhecer a Amazônia  e ir  a Manuas, onde eu moraria por dois anos um ano mais tarde).
Após horas passando frio, finalmente o clima tropical.
Mais um ônibus e uma van  tive que pegar para chegar na estação de trem. De lá ,foram mais algumas horas de caminhada pela linha do trem   para finalmente chegar a Águas Calientes.

Penúltima grande caminhada antes de chegar a Macchu Picchu
 Eu não via a hora de encontrar um hostal para descansar . A essa hora , cansado , eu tive a sorte de estar acompanhado por um  dos amigos de mochilão( aqueles que aparecem e ficam por  até 3 dias e depois corremos o risco de não nos ver nunca mais). Era o Patric, um francês da minha idade que ''muito mais'' do que me incentivou a descansar durante o dia e conhecer Águas Caleintes  pela noite ,para no outro dia seguir  rumo as ruínas de Machu Pichu.
Acordei cansado , desgastado  mas ansioso para seguir andando.
Pouco mais  de duas horas de subida,  lá estava eu no destino tão esperado , Machu Picchu.
Aí foi desfrutar da bela paisagem ,conhecer a história e transcender no tempo.Depois de uma viagem cansativa e aventureira ,mas que com todas as letras
eu posso dizer : VALEU MUITO A PENA!!!
Eu,explorando cada parte das ruínas

Alguns espiritualistas  dizem  que ir a Macchu Picchu  nos traz uma mudança profunda com relação a nossa existência. Coincidência ou não, a minha veio de uma forma inusitada e inesquecível.Foi da seguinte forma:
Depois de Machu Picchu , voltei para Cusco     determinado a  pensar de que forma eu chegaria a Manaus.Não visualizei no mapa nenhuma rodovia que tornasse o caminho mais ''fácil''. Eu não fazia ideia de como atravessaria parte do território amazônico e chegaria em Manaus . Isso me trouxe um pouco de insegurança e dúvidas se realmente deveria ir ou voltar para São Paulo.
Foi aí que , no dia da minha partida , fui tomar café da manhã no  hostal(o mesmo,  The Point...)  e percebi ao meu lado um grupo de pessoas falando português.
A minha intuição fez com que eu fosse puxar conversa com duas  garotas desse grupo, e  ao perguntar de onde elas eram e para onde  estavam  indo  , elas responderam tudo aquilo que eu jamais esperava : 
 Somos de Manaus e estamos indo embora para lá !!!
Ironia do destino, pois hoje tenho laços eternos com Manaus e as pessoas que conheci por lá . . . 
 Foram mais  alguns longos dias de ônibus, quatro dias de barco e muito mais aventura... mas essa ficará para o próximo capítulo!
Momento em que finalmente eu e meus amigos de Manaus  atravessávamos a fronteira  para  chegar ao Brasil.Não víamos a hora!!! A primeira coisa que desesperadamente fomos fazer foi comer um prato de arroz ,feijão,salada e churrasco.

Como chegar:


-Partindo de São Paulo  há ônibus  do Terminal  da Barra Funda direto para Corumbá.A passagem está em torno de 150 reais.é possível encontrar passagens de avião até Campo Grande por um valor inferior.De Campo Grande até Corumbá , a passagem de ônibus está em torno de 40 reais.


-Para quem deseja se aventurar menos, há vôos partindo de Guarulhos para Santa Cruz de La Sierra(Gol,Tam,Aerolineas Argentinas) , La Paz (Gol,Tam,Avianca,Taca)


O que levar:

- Roupas de Frio para as regiões de altitude

-Roupas de calor para as regiões baixas

-Protetor solar

-Guias e todos os tipos de informações possíveis

-Rg ou passaporte( Nos países do Mercosul não é necessário passaporte)


- Carteira Internacional emitida no Brasil de vacina contra Febre Amarela


- Em  Machu Picchu , por mais mochileiro e econômico que você possa ser  durante a  viagem , não há duvidas de que é sempre bom guardar  um dinheiro extra e contratar um  guia durante a visita às ruínas.Os guias locais são a mais completa fonte de conhecimento sobre a história do lugar  e sua veracidade que possa existir.


O que comer:

1-Escolha com muito cuidado os restaurantes e procure saber se servem algum tipo de salada.

2-Mesmo assim fique atento,pois os hábitos alimentares(principalmente na Bolívia são realemnte precários)

3-Não há como fugir muito das redes de fast  foods. Os mais tradicionais são de pollo com papas(frango com batatas) e o Burger King que encontra em grandes cidades como Santa Cruz de La Sierra e La Paz.

4-Escolha sempre um hostal com cozinha.Assim terá a opção de cozinhar nele e escolher alimentos mais saudáveis. Mas aviso, em praticamente toda a Bolívia é difícil  encontrar saladas e legumes nos mercados.Eu só encontrei em Copacabana onde os produtores rurais estão mais presentes..Em La Paz encontrei no super mercado do centro(ele é na rua) tomates ovos e queijos




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